Há diferentes tipos de cargas perigosas regulamentadas no Brasil. Trata-se de um conhecimento indispensável para motoristas, empresas que produzem e comercializam este tipo de produto e, certamente, para as transportadoras e empresas de logística.
Afinal, além dos riscos naturais que os motoristas são ‘’obrigados’’ a enfrentar neste tipo de transporte temos o agravante de poluir, contaminar ou prejudicar o meio ambiente e a população. É urgente que sejamos responsáveis com o Meio ambiente, principalmente agora que está claro que se não mudarmos nossa forma de empreender, o mundo pedirá um socorro muito maior do que qualquer efeito que a humanidade já sentiu.
E outro desafio para a logística de transporte é a malha rodoviária do Brasil.
Além da estrutura, custos e motoristas despreparados, há um conjunto de normas e leis para o transporte. E uma delas é compreender os tipos de cargas perigosas e como transportá-las.
Estados, como Minas Gerais, por exemplo, definiram leis para aumentar o controle e minimizar o efeito dos acidentes com cargas perigosas que estavam se tornando frequentes. A Lei Estadual 22.805, de 29 de dezembro de 2017, e o Decreto 47.629, de 01 de abril de 2019, preveem maior agilidade na resposta das ocorrências de qualquer evento com produtos danosos, ou seja, associado a cargas perigosas.
E claro, do informe imediato às autoridades sobre o acidente com produtos ou resíduos perigosos. Diante disso, o conhecimento transmitido à população também pode colaborar na agilidade e eficiência dos atos de contenção, remoção e detecção dos tipos de cargas perigosas.
Produtos ou cargas perigosas tratam-se de materiais que podem de alguma maneira prejudicar o meio ambiente, pessoas, ou animais. As cargas perigosas estão regulamentadas pela Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, cujo órgão responsável é a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Em resumo, são considerados tipos de cargas perigosas aquelas de origem química, biológica ou radiológica que representem algum risco para a população, ou ao meio ambiente.
É fundamental conhecer cada um dos tipos de cargas perigosas para facilitar o gerenciamento de risco no transporte de cargas perigosas. Além disso, compreender como agir em cada situação. Elas são divididas em 9 grandes grupos, mas totalizam 15 subcategorias. Acompanhe os tipos de cargas perigosas.
Este é um tipo de carga perigosa associada a insumos para produtos como dinamite e granada. Os mais comuns são azida de chumbo, fulminato de mercúrio e nitroglicerina, e podem ser transportados em estado líquido ou gasoso.
São considerados explosivos a partir da capacidade de gerar muito gás e calor quando submetido a uma transformação química. E, nessas situações. podem causar grandes impactos quando transportados. O grau de risco de explosão deve ser sinalizado no próprio veículo de transporte.
A categoria de tipos de cargas perigosas 1 é subdividida em 6 grupos:
De acordo com a ONU, gases inflamáveis tratam-se daqueles que a 20 °C e à pressão normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar. Além disso, que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, independente do limite inferior de inflamabilidade.
São gases que misturados com o ar sob a influência de calor entram em combustão. Acetileno e amoníaco são alguns dos tipos de cargas perigosas incluídos na categoria de gases inflamáveis
Nesta categoria temos todos os líquidos, ou misturas de/com líquidos, que possam gerar vapor inflamável, em local fechado, ou aberto, em determinadas condições de pressão e temperatura. Além de explosivos líquidos e outras substâncias inflamáveis neste estado.
Tratam-se de substâncias líquidas com alta propensão a combustão, como acetileno, solvente, gasolina, benzeno.
São cargas que, em transporte, funcionam como combustíveis, podem pegar fogo devido ao atrito ou contribuir para tal, como magnésio metálico e liga de magnésio, celulóide, e borneol.
Oxidantes tratam-se de cargas perigosas termicamente instáveis que podem causar, ou potencializar, uma combustão ao fornecer oxigênio. Como o peróxido de hidrogênio e permanganato de potássio.
Devido ao alto poder oxidante, são tipos de cargas perigosas extremamente incômodas para os seres humanos, podendo causar irritação nas mucosas, olhos e pele. Exemplos: peróxido orgânico, de butila e de benzoíla.
Esse é um tipo de carga perigosa que causa bastante preocupação, afinal, em qualquer estado físico, ou quantidade, podem ser extremamente nocivas. Seja por inalação, contato ou ingestão, podendo causar sérios danos, lesões e, em situações radicais, provocar a morte.Exemplos: atropina, ricina, sarin, tálio.
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Trata-se de um tipo de carga perigosa fisicamente instável, podendo se alterar liberando energia sob forma de radiação. Exemplos: Urânio 235, Césio 137, Cobalto 60.
Tipos de cargas perigosas que, quando não manuseadas com as a devida proteção, podem corroer tecidos vivos e até mesmo aço. Mas não é ‘’somente’’ esta a preocupação, muitos também eliminam vapores tóxicos. Os corrosivos podem ser subdivididos em bases e ácidos, tais como:
Aqui nesta categoria ficam todos os tipos de cargas perigosas que não foram enquadradas nos itens anteriores. Entretanto que, de alguma maneira, representam riscos no seu transporte. Exemplo: óleos combustíveis, dióxido de carbono sólido e baterias de lítio.
Fonte: Manual do Departamento de Rodagens de São Paulo – DER/SP.
Uma coisa é certa: os riscos dos tipos de cargas perigosas são potencializados com falta a ausência de uma logística eficiente! A Pier8 pode ajudar com soluções em logísticas para empresas de sucesso! Entre em contato conosco através do formulário, podemos tirar todas suas dúvidas! :)